Mudanças climáticas e a importância do monitoramento constante
As operações agrícolas e pecuárias são extremamente sensíveis a alterações climáticas. Monitorar, compreender e reagir de modo assertivo a estes fatores externos pode definir o sucesso da fazenda a longo prazo.
A natureza desempenha um papel crucial no agronegócio e isso não é novidade para ninguém. Chuva, sol, características do solo, temperatura da região; tudo pode refletir em uma temporada de grande produtividade e lucratividade, ou em safras perdidas e rebanhos afetados. Há alguns aspectos que podem ser controlados e aprimorados a partir de intervenções tecnológicas. Os sistemas de irrigação impactam positivamente no crescimento das culturas como uma chuva sob medida, por exemplo, da mesma forma em que a utilização de suplementos alimentares garantem mais saúde e força aos rebanhos.
Porém, elementos fundamentais relacionados às condições climáticas fogem da alçada humana, mesmo com todas as inovações das últimas décadas. Nestes casos, o que resta fazer é acompanhar variações e tendências, compreender cenários e padrões, e estipular planos de ação e reação diante de diferentes possibilidades. Não basta ter um plano B, mas C, D, E e quantos forem necessários para não ficar de mãos atadas. O ponto de partida para essa postura é o monitoramento constante.
O que são mudanças climáticas e quais são os seus impactos no agro
Mudanças climáticas podem ser definidas como toda e qualquer alteração nos padrões de clima a longo prazo, a partir da observação de alternâncias meteorológicas em períodos definidos. Muitas delas são fenômenos naturais, relacionados às estações ou a ciclos globais. Outras, no entanto, são resultados diretos de atividades humanas, sobretudo de práticas industriais e do processo de urbanização.
Alguns exemplos práticos de efeitos das mudanças climáticas incluem:
- Ocorrências inesperadas e severas de pragas e doenças, como as recentes infestações de nuvens de gafanhotos em vários países, por exemplo;
- Maior incidência de catástrofes naturais como grandes concentrações de chuvas ou secas extremas em locais específicos, alagamentos, ciclones, geadas etc.;
- Variação incomum nas temperaturas da região, seja por meio de alto contraste entre temperaturas diurnas e noturnas, e manutenção de altas ou baixas temperaturas por períodos prolongados.
Estes e outros cenários podem refletir em perda de safra, morte de grandes números de animais do rebanho e prejuízos com manutenção, retrabalho e adequação estrutural.
Monitoramento como estratégia de antecipação e assertividade
Há muito a ser feito no intuito de amenizar estes impactos e reagir àqueles que são inevitáveis. Além da adoção de boas práticas e operações mais sustentáveis, cabe às organizações investirem em monitoramento. É onde entra em cena a chamada Agricultura de Precisão. O termo se refere a uma abordagem meticulosa, que lança mão de softwares, técnicas de gestão e análise, além de ações programadas para promover maior controle e gerar grandes quantidades de informação, posteriormente usadas nas tomadas de decisão.
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