Medidas e ações para otimizar o consumo de água no campo

No mundo inteiro, o setor agrícola é o que mais demanda água em sua operação. Ciente de que a escassez desse recurso natural tão valioso é um risco para as próximas décadas, como promover economias eficazes?

A utilização de água no agronegócio é indispensável em praticamente todas as suas operações, seja na agricultura, na pecuária ou na produção florestal, por exemplo. Isso fica evidente quando analisamos os dados de consumo do setor no Brasil. Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em maio de 2020, o agronegócio respondeu por 97,4% do total de água consumido no país em 2017. Na prática, isso significa que cada R$ 1 de valor bruto adicionado à economia nacional exigiu o consumo de 6,3 litros de água.

As perspectivas para o futuro próximo são alarmantes. Paralelamente ao risco de escassez de recursos hídricos, cenário já real em muitos locais, o consumo de água no Brasil deve aumentar 24% nos próximos 10 anos, de acordo com uma projeção da Agência Nacional de Águas (ANA), considerando a utilização para irrigação, na indústria e para o abastecimento humano.

Prezar pela utilização assertiva e sustentável de um recurso natural tão necessário é uma responsabilidade coletiva e imprescindível, especialmente se considerarmos que quase metade do montante de água utilizada no agronegócio é desperdiçada. Essa estimativa é do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). Como é possível garantir soluções para esse problema?

Projeção para as demandas de utilização da água no Brasil, por setor (%) e total sem considerar a evaporação dos reservatórios (Reprodução ANA)


Diagnósticos e soluções

Entre os principais motivos do desperdício de água no agronegócio podemos destacar a presença de sistemas de irrigação mal executados e a comum falta de controle do agricultor na quantidade utilizada nas lavouras e no processamento de seus produtos. Os impactos negativos disso refletem sobre todo o ecossistema local, visto que há o risco de que lençóis freáticos e rios sequem no decorrer dos anos, devido à ausência de chuvas.

Felizmente, existem inúmeras estratégias e ferramentas à disposição para auxiliar o produtor a solucionar este desafio. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), possui uma página dedicada especificamente ao tema, por meio da qual apresenta algumas propostas relevantes para gerar economia e melhores resultados.

Outras possibilidades de ações e medidas são:

  • Armazenamento de água da chuva: a utilização de água da chuva é recorrente em locais áridos, sobretudo por meio de cisternas, mas é uma medida que pode ser implantada em qualquer contexto com grande possibilidade de retorno positivo mediante investimentos acessíveis.
  • Cuidados com o solo para evitar erosão: garantir a qualidade do solo para o plantio não afeta apenas a safra, mas também os níveis de consumo de água. Se a terra está bem cuidada ela possui maior capacidade de absorção e, assim, não é necessário efetuar irrigações extras.
  • Reuso de água: o reaproveitamento de água residuária de outros sistemas de produção animal e vegetal, sempre que possível, também é benéfico para gerar economia de recursos.
  • Utilização eficiente: o item mais óbvio e, ainda assim, constantemente negligenciado, é a necessidade de adotar uma postura de consumo consciente e utilização eficiente. A operação deve ser monitorada constantemente para identificar pontos de melhoria que gerem o resultado esperado com o menor consumo possível.

Além disso, ciente de que grande parte dos problemas de desperdício hídrico está diretamente ligada à questão da irrigação, é fundamental investir em soluções tecnológicas e eficazes para essa área. Para isso, recomendamos uma de nossas empresas parceiras: a Valley, referência mundial em Irrigação de Precisão. Os pivôs centrais, lineares e corners da Valley promovem conservação da água, economia de tempo, redução de custos de produção e aumento da lucratividade para seu negócio.