Fazendas verticais, hortas comunitárias e tendências da agricultura urbana

Você já ouviu falar ou já leu a respeito do conceito de agricultura urbana? A prática é uma tendência no setor agrícola que pode contribuir efetivamente para gerar empregos, ampliar a segurança alimentar e melhorar a nutrição dos moradores de grandes cidades. 

O êxodo rural é um fenômeno global, observado desde o início da Revolução Industrial. Com o crescimento de negócios automatizados e, consequentemente, com o desenvolvimento e a consolidação de grandes centros comerciais, a humanidade traçou uma linha divisória entre o campo e a cidade nos últimos séculos. Nas zonas rurais a atividade passou a ser quase que estritamente agrícola e pecuária, enquanto nas metrópoles se concentra todo tipo de comércio e serviço de outra natureza.

A Revolução Digital, bem mais recente e ainda em andamento, tem delineado mudanças em diversos âmbitos socioeconômicos, inclusive reconfigurando as características do que significa ser rural ou urbano. Na mesma medida em que a tecnologia ganha cada vez mais espaço no agronegócio, o campo vem expandindo seu papel econômico e social para contextos completamente diferentes. Assim surgiu o conceito de agricultura urbana.

Horta social em Fortaleza (CE). Exemplo prático de agricultura urbana com finalidade social.

Fonte: Prefeitura de Fortaleza (CE)

 

De forma resumida, a agricultura urbana diz respeito à prática de investir na produção de itens alimentares e não alimentares em capitais, grandes cidades e regiões periféricas, geralmente utilizando áreas reduzidas e otimizadas ao máximo para garantir o melhor aproveitamento possível dos recursos investidos. Diante da estimativa de que, até 2030, mais de 80% da população mundial viverá em áreas metropolitanas, faz sentido investir neste modelo de produção, tendo em vista as possibilidades de criação de negócios inovadores, geração de empregos, incentivo ao consumo sustentável e local, melhoria nutricional dos habitantes de grandes cidades, ampliação da reciclagem e reutilização de resíduos, entre outras vantagens.

Cidades como Berlim, Nova York, Montreal, Zurique e São Paulo, por exemplo, já possuem iniciativas neste sentido há alguns anos, e a tendência é de que a agricultura urbana se consolide de diferentes formas, como nos exemplos a seguir. 

 

Agricultura urbana #1: o que é horta comunitária?

Uma das iniciativas mais comuns e úteis da agricultura urbana é o desenvolvimento de hortas comunitárias, também chamadas de hortas sociais. Implementadas em terrenos baldios, áreas de vulnerabilidade social ou mesmo em espaços comuns de condomínios e comunidades, elas cumprem uma função social e econômica importante, promovendo resultados positivos a partir de investimentos relativamente baixos. São espaços a partir do qual os moradores da região beneficiada podem usufruir de produtos orgânicos, cultivados e distribuídos de forma coletiva.

Horta comunitária em Lavras (MG), implantada em um terreno baldio do município.

Fonte: Emater-MG

 

Agricultura urbana #2: o que é fazenda vertical?

Fazendas verticais são estruturas em que é mais comum o uso de novas tecnologias em todas as etapas do processo: estruturas modernas para otimização do espaço utilizado, luzes especiais para estímulo ao crescimento dos produtos agrícolas para atenuar a dependência de iluminação natural, sistemas para aproveitamento de resíduos e de irrigação para atingir níveis mínimos de desperdício, entre outros fatores. Muito presentes em regiões com espaço geográfico reduzido (fazendas verticais são comuns no Japão, por exemplo), este modelo vem se tornando famoso e a tendência é de que o número de unidades em grandes metrópoles cresça exponencialmente nos próximos anos.

Exemplo de fazenda vertical.

Fonte: Canal Agro – Estadão

 

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