Comportamento do consumidor e impactos no agronegócio

Além de monitorar o clima, a qualidade do solo, a saúde dos animais e outros elementos inerentes ao setor, é fundamental acompanhar e entender as mudanças de comportamento do consumidor e seus efeitos sobre o agro.

As inovações tecnológicas e conexões proporcionadas pelas ferramentas digitais têm causado, há algum tempo, um fenômeno de consumo muito interessante: o protagonismo do cliente. Foi-se o tempo em que grandes marcas anunciavam seus produtos e serviços como sendo o melhor ou mais confiável, e pronto. Era o bastante para atrair a atenção do público e conquistar novos mercados. O cenário já não é assim há décadas e as mudanças no comportamento do consumidor não param de acontecer. Hoje, o cliente ocupa posição central nas relações comerciais, inclusive no agronegócio.

Primeiramente, isso acontece porque os consumidores possuem acesso quase irrestrito à informação. Munido de detalhes sobre as empresas, seus valores e ações (bem como sobre o alinhamento entre discurso e prática), o público exerce constantemente seu poder de decisão não apenas para selecionar as marcas que prefere, mas para expor, criticar e até mesmo boicotar aquelas que cometerem falhas.

De que modo este cenário tão volátil impacta a realidade do agronegócio? E como as empresas podem responder assertivamente a tais mudanças?

 

Informação: a moeda mais valiosa do século

Informação é sinônimo de poder. Portanto, a empresa que possuir os dados e os conhecimentos necessários para interagir de maneira adequada com seus públicos será aquela que ganhará destaque e, consequentemente, alcançará suas metas e objetivos. O produtor rural, cada vez mais conectado, precisa conhecer o mercado e os consumidores tão bem quanto conhece o tipo de solo onde cultiva, as características da cultura ou as variações climáticas da região. Neste ponto, conceitos e ferramentas como AI, BI e ERP, por exemplo, podem transformar a realidade do campo para melhor ao fornecer informação estratégica, matéria prima para a tomada de decisões.


Transparência: confiança é o alicerce para a conexão

Obter informações é crucial, compartilhar também. Em tempos de mídias sociais, marketing de conteúdo e afins, as marcas precisam se esforçar para vender e criar relações com os consumidores, e confiança é a base para qualquer relacionamento saudável. Por meio de canais institucionais bem estruturados, acessibilidade a dados úteis e transparência na comunicação, empresas do agronegócio podem se aproximar de parceiros estratégicos e do público em geral para quebrar estigmas, transmitir credibilidade e ser reconhecida como referência em seu segmento de atuação. O papel do marketing vai além de vender: cabe a ele contribuir para a consolidação de imagens organizacionais positivas.


Agilidade: não basta se adaptar, é preciso fazer isso com rapidez.

A única constante no mundo globalizado é a mudança. Não importa o quão tradicional ou estável seja o tipo de operação de sua empresa, o setor em que atua ou os produtos e serviços ofertados: mudanças são iminentes e você deve estar sempre pronto para isso. Adaptar-se não é questão de escolha, mas de necessidade para manter negócios sustentáveis em diferentes contextos. A grande questão é que o comportamento do consumidor muda de formas tão inesperadas e rápidas que cabe à organização ser igualmente ágil ao se adequar. Para isso, existem ferramentas digitais e metodologias de suporte para um cotidiano mais ágil e para ações mais eficientes.

Entender que o consumidor deve ser o centro das atenções é o primeiro passo para o desenvolvimento do seu negócio. Foco no cliente é ponto de partida e também bússola para indicar os melhores caminhos rumo aos melhores resultados